Resident Evil: A Serie (Netflix) - Crítica

 Resident Evil é mais uma vez desperdiçada fora dos videogames. 



   A nova versão live - action de Resident Evil feita desta vez em formato de série de Televisão pela Netflix, vinha com o pressuposto de tentar atrair um novo público, com uma história se passando nos tempos atuais, uma trama mais moderna e personagens novos que nunca haviam aparecido nos jogos, o que não conseguiram tornar a série boa.


   Muitos fãs chegaram à conclusão de que a franquia já estava um tanto gasta nas telonas dos cinemas. Foram 6 filmes ao longo de mais de 10 anos cheios de altos e baixos, que de certa forma ajudaram a alavancar Resident Evil internacionalmente e atrair mais pessoas para conhecer as histórias dos jogos, além do recente filme que tentou mais uma vez emplacar a franquia nos cinemas, agora com os personagens dos jogos como os protagonistas. 


  Resident Evil: A série também tenta inovar ao contar duas histórias paralelas seguindo eventos que se conectam numa linha cronológica. Uma se passa nos tempos atuais de 2022 e segue as jovens Jade Wesker (Tamara Smart) e sua irmã Billie Wesker (Siena Audong) se mudando para New Raccoon City, uma cidade corporativa comandada pela Umbrella Corporation.  


  Na segunda linha do tempo, vemos Jade agora interpretada por Ella Balinska, tentando buscar uma cura para a infestação de zumbis, ao mesmo tempo que foge dos soldados da Umbrella Corporation. Tendo que confrontar se com o passado algumas vezes ao reencontrar sua irmã Billie interpretada agora por Adeline Rudolph.


  Diferentemente do filme lançado nos cinemas no final de 2021, os efeitos visuais e a ambientação aqui é bem feita. Cenários luminosos, laboratórios tecnológicos, e monstros que de certa forma estão fiéis a suas versões dos jogos. 


  Um dos pontos mais marcantes da franquia nos jogos com certeza é o carisma dos personagens protagonistas. Muitos fãs que acompanham a saga a anos cresceram, evoluíram e amadureceram junto com seus personagens favoritos nos jogos. Uma das apostas para a série era focar em protagonistas adolescentes e uma temática mais juvenil por parte da produção.


  Apesar de já termos visto este mesmo conceito com os filmes de Milla Jovovich, de Paul W. S. Anderson, a tentativa da série falha ao não decidir qual trama focar e dar prioridade maior. Ao não dar tempo para o público embarcar na jornada dos personagens em ambas as linhas do tempo, o roteiro se empobrece o que deixa as motivações dos personagens tolas e sem impacto. 

   

 Em uma nova investida do estúdio de adaptar uma das maiores franquias de todos os tempos do jogos e a maior franquia de terror dos games, a Netflix erra na escolha da conduta de seus protagonistas. Nem mesmo tendo uma presença importante de Albert Wesker vivido por Lance Redick, a série consegue explorá- lo bem. O personagem tem uma motivação confusa e seus lados mocinho e vilão se alternam à medida que o roteiro precisa. 



    Paola Núñez como Evelyn Marcus.

Resident Evil: A Série é uma produção que acaba se tornando obsoleta com o passar dos episódios. Embora tenha atuações boas como de Paola Núñez que consegue passar um ar de executiva megalomaníaca, os demais personagens são rasos e geram pouca empatia para os telespectadores. Ainda sim, a série pode ser uma boa pedida para quem busca uma produção de zumbis com monstros. 



NOTA DO CRÍTICO:  ⭐⭐ ★★★ (Regular)



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